A capital da Hungria, Budapeste é por estes dias uma das capitais europeias mais visitadas. Com tanto para ver e fazer, é inevitável a pergunta: o que visitar em Budapeste? Respondemos a essa e todas as questões no roteiro de viagem proposto abaixo.
Porquê visitar Budapeste
Budapeste, capital da Hungria, é também o principal centro financeiro, corporativo e cultural do país. Fundada em 1873 pela fusão de duas cidades, Buda, na margem direita e Peste, na margem esquerda. O rio Danúbio divide a cidade mas, as suas pontes unem-na.
Eleita o melhor destino europeu de 2019, Budapeste é muitas vezes apelidada de ‘Paris de Leste’. É uma das capitais mais bonitas da Europa. Pode não ser a mais elegante, mas, está repleta de cenários encantadores, história e cultura.
O passado de domínio comunista há muito que está a ficar para trás. Hoje, Budapeste é sinónimo de vibrante, onde o antigo e o moderno se complementam.
Buda, na margem direita, por entre colinas ‘esconde’ um centro histórico bem guardado. É cativante, mais cara do que o lado oposto, mas, também mais relaxante. Peste, por sua vez é ideal para grandes caminhadas, já que é plana. Neste lado da cidade a agitação é constante, por entre os edifícios existem muitas lojas de comércios, restaurantes e bares.
Budapeste é uma capital charmosa e romântica. O Danúbio, o Buda Castle Quarter e a Andrássy Avenue são Património Mundial da UNESCO. Depois de uma visita, percebe-se bem porquê. Este roteiro de viagem apresenta o que visitar em Budapeste.
Como chegar
A capital da Hungria é por estes dias uma cidade de fácil acesso. Longe vão os tempos que era difícil voar de qualquer país Europeu.
De Portugal tornou-se ainda mais fácil, com a abertura de novas rotas para Budapeste. A procura aumenta a oferta, e Budapeste não se pode ‘queixar’ por falta de turistas.
Nesse sentido, de Portugal existe voos diretos de Lisboa e Porto pela Wizz Air, Ryanair. A TAP garante voos apenas de Lisboa, e de Faro pode voar pela Ryanair mas, com escala (informação em Fevereiro de 2020). Para informação exata, pode pesquisar todos os vôos no
Como cada vez mais é descomplicado viajar, há a oportunidade de conhecer Budapeste e outra capital europeia próxima, como Viena ou Praga. Existem vários roteiros de viagem que englobam as 3 capitais. A ligação é feita através de comboios ou autocarro, com preços bastante consideráveis.
Quando visitar
Embora qualquer mês do ano seja bom para visitar Budapeste, os meses de inverno podem ser mais complicados. Muito mais do que quando visitar a questão prende-se com o que visitar em Budapeste. Já lá iremos.
Entre dezembro e fevereiro, o clima é rigoroso, com muito frio e até neve. A cidade fica coberta de branco, ótima para fotografia, mas, com maior dificuldade nos transportes. Em todo o caso, e como nada é exato, nós visitamos no início de fevereiro, não vimos neve nenhuma e as temperaturas não estavam muito baixas.
Os meses de primavera e verão (de março a agosto), são dos mais procurados. Com as temperaturas a subirem e dias longos. Há também mais eventos ao ar livre, como festivais de música desde o jazz à ópera.
De setembro a novembro, em pleno outono, pode ser uma boa escolha para quem procura temperaturas não muito baixas e menos turistas.
Como ir do aeroporto para o centro da cidade
O aeroporto de Budapeste, conhecido como Liszt Ferenc International, fica fora da cidade. Como esperado existem diversos transportes para chegar ao centro, que funcionam mesmo 24 horas. Nós chegamos a Budapeste já perto da meia-noite, um sábado e não tivemos dificuldade nenhuma.
Aqui no nosso roteiro apresentamos os principais meios de transporte entre o aeroporto e a cidade.
Shuttle Bus (autocarro 100E)
Este deve ser o transporte mais usado pelos turistas para chegar ao centro. O autocarro 100E sai do aeroporto em direção ao centro a cada 20 minutos. A última paragem é Deák Ferenc tér. O primeiro autocarro sai às 5 da manhã e o último, parte do aeroporto à 1h20.
O bilhete pode ser facilmente comprado nas máquinas à saída do aeroporto, mesmo ao lado da paragem. É possível pagar em dinheiro ou cartão. Se preferir, compre ao condutor e pague em dinheiro.
O bilhete custa 900 HUF (cerca de 2,70€).
Autocarro 200E
Uma outra alternativa é o autocarro 200E. Este faz a ligação entre o aeroporto e a estação de metro de Nagyvárad tér. Uma vez nesta estação, pode-se apanhar o metro para qualquer destino da cidade. O metro em Budapeste opera entre as 4 da manhã e as 23h00.
O autocarro funciona todos os dias, 24 horas, mas, demora mais tempo do que o E100. O bilhete custa 350 HUF (cerca de 1€).
Transfers privados
Em alternativa aos transportes públicos existem transfers operados por várias empresas. Os hotéis disponibilizam também os seus próprios veículos de transporte.
Existem ainda táxis (Fotaxi) e um serviço chamado Bolt (equivalente ao nosso Uber em Portugal). Os custos até ao centro, depende do local exato e das condições de trânsito. Existe um balcão da Fotaxi nas chegadas onde pode pedir o custo estimado.
Onde dormir
Os alojamentos em Budapeste são mais barato que em outras capitais europeias. Porém, é necessário planear com cuidado o que visitar em Budapeste, para posteriormente escolher a zona da cidade adequada para ficar.
Em Budapeste deslocar-se não é problema, portanto qualquer uma das zonas Buda ou Peste são ideais para ficar acomodados.
Na nossa estadia optamos por ficar em Buda. É mais sossegada e com uma vista espetacular para a margem oposta. O nosso hotel de eleição foi o Baltazár Budapest Grill & Boutique Hotel.
O Baltazár Budapest Grill & Boutique Hotel é um hotel familiar no coração do centro histórico do distrito de Buda Castle.
Os quartos temáticos, acollhem obras de arte inspiradas em ícones da cultura pop, como Vivienne Westwood, Keith Haring, Andy Warhol e Jean-Michel Basquiat.
Os móveis são vintage originais e existem peças icônicas em todas as divisões. O hotel faz uso de um sistema de iluminação inteligente. As políticas ‘verdes’ estão bem visíveis, nas casas de banho há produtos naturais e apela-se a uma redução do lixo e do consumo de água.
No nosso quarto, estavam dispostos dois quadros. Um deles sobre a cama, em alusão ao quadro ‘Cristina’s World’ de 1948 do pintor americano Andrew Wyeth. O outro, em menção do conhecido ‘American Gothic’ de 1930 de Grant Wood.
Do lado de Peste existe um elevado número de apartamentos que podem ser também alugados para estadia. Para reservar qualquer alojamento em Budapeste a melhor opção será através do
Como se deslocar – transportes
Em Budapeste, transportes não é problema. Para além de uma grande variedade, estes são também eficientes.
Podemos escolher entre o metro, autocarros, comboios, o elétrico, táxis ou bicicletas. De acordo com o que queremos visitar em Budapeste, qualquer um deles levar-nos-á para todos os pontos da cidade.
Metro
O metro de Budapeste é o segundo mais antigo da Europa, inaugurado em 1896. Passear pelo metro é como fazer uma viagem no tempo, uma vez que conserva muitas das infra-estruturas originais.
Atualmente, possui 4 linhas principais e uma quinta em planeamento. A linha M1 (amarela) é Património Mundial da UNESCO. A linha azul M3, é a que transporta mais passageiros por dia. Todas as linhas convergem na estação de Deák tér Ferenc.
O metro funciona todos os dias das 4 da manhã às 23h00. Os bilhetes são simples de obter, em qualquer máquina nas estações. Há vários tipos de bilhetes como:
- Bilhete único: 350 HUF (cerca de 1€)
- 10 bilhetes individuais: 3000 HUF (cerca de 8,90€)
- Passe de 24h: 1650 HUF (4,90€)
- Passe de 72h: 4150 HUF (12,40€)
Para mais informações sobre preços do metro pode consultar o site oficial.
Há também o Budapest Card, o passe oficial que dá acesso a serviços (transportes e atrações) gratuitamente ou com desconto.
Autocarros
Os autocarros em Budapeste são o meio de transporte utilizado para chegar onde outros transportes não chegam. Cobrem uma grande parte da cidade, especialmente do lado de Buda. Existem mais de 200 rotas. Ideal para qualquer roteiro de viagem.
É tão simples, que os bilhetes são os mesmos do metro. E comprados nos mesmos sítios. Para além disso são baratos, o que determina que os budapestinos façam uso diário destes.
Existe também autocarros nocturnos, que podem ser uma grande ajuda.
Destaca-se ainda, os trolleybus, uma mistura entre autocarros e elétrico. Em funções desde 1949, com 15 linhas.
Horário: 4h às 23h (a cada 10/20 minutos)
Elétrico
Com mais de 40 linhas, o elétrico é bastante popular entre os turistas e a população local. Algumas linhas oferecem uma vista panorâmica sobre a cidade.
A linha 2 circula pelas margens do rio Danúbio, atravessando os pontos principais da cidade. Daqui contemplamos a colina do lado de Buda. As linhas 4 e 6 dizem ser as com mais tráfego de toda a Europa.
Os bilhetes são os mesmos utilizados no metro e autocarros e o preço muito semelhante aos dos outros transportes.
Horário: 4h30 às 23h
Transportes ecológicos em Budapeste
Sendo Budapeste uma cidade plana, caminhar é uma boa maneira de conhecer os pontos principais, para além de ser ecológico.
Hoje em dia existe muito mais facilidades nas cidades europeias. Em Budapeste, há que fazer uso das bicicletas, para isso deve registrar-se na página, e comprar o pacote adequado à viagem, 24 horas, 72 horas ou pacote de 1 semana.
Simples de usar, pegue qualquer uma das bicicletas espalhadas pela cidade com a ajuda do sensor na parte traseira ou da APP para telemóvel.
O que visitar em Budapeste
Dia 1 – Roteiro de Viagem
Uma vez que chegamos a um sábado à noite, já não tivemos muito tempo para explorar a cidade. A verdadeira aventura do nosso roteiro de viagem começou no dia seguinte.
Definimos com antecedência o que visitar em Budapeste. No domingo acordamos cedo e fomos explorar a zona a sul de Peste, de manhã. O nosso objetivo era depois atravessar a Elizabeth bridge para que o pôr-do-sol fosse passado na Gellért Hill. Alguns dos pontos principais que visitamos:
Metro de Budapeste
Do lado de Buda apanhamos o metro na estação de Széll Kálmán tér em direcçao a Deák Ferenc tér, uma das mais movimentadas estações da cidade.
O metro de Budapeste é uma excelente escolha para deslocar-se pela cidade. Há várias linhas e cada uma leva a um ponto específico. Contudo, a linha designada de Millenium Underground, que vai da Vorosmaty até ao Parque da Cidade é das mais belas.
Passear pelo metro de Budapeste é uma viagem no tempo. É incontornável uma visita em qualquer roteiro de viagem por Budapeste.
Central Market Hall
Para quem é apreciador de mercados locais, Budapeste tem um fantástico, o Central Market Hall. Situado na margem do rio Danúbio, é o maior e mais antigo do país.
O mercado divide-se em 3 pisos. No primeiro piso encontram-se sobretudo as bancas de carnes, especiarias e doces. No piso superior, é onde se pode saborear as iguarias húngaras e comprar lembranças do país, com várias bancas e pequenos restaurantes. O piso inferior é usado para peixarias, bancas de legumes e talho.
Durante a II Guerra Mundial sofreu danos significativos. Em 1991 foi renovado e hoje está melhor do que nunca. É um local partilhado por turistas e população local. O mercado abre todos os dias às 6 horas da manhã, fecha ao domingo.
Entrada: Gratuita
Museu Nacional Húngaro
O Museu Nacional Húngaro fundado em 1802 conta toda a história da formação da Hungria, desde os primórdios até aos dias de hoje.
O edifício mostra as suas linhas neoclássicas e uma importante escadaria, palco do início de uma rebelião que mudaria a história do país. No seu interior abriga um vasto espólio de artefactos, alguns doados de uma importante coleção do conde Ferenc Széchényi.
Dividido em 7 espaços, todos com exposições permanentes. Uma das mais simbólicas é um valioso mosaico do século III D.C que reveste o chão de uma das alas.
Para além das exposições permanentes, o Museu Nacional Húngaro também alberga exposições temporárias, que vão variando no tema.
Este museu é ponto obrigatório não só para quem gosta de história, mas, também para conhecer mais sobre o país.
Horário: 10h às 18h (diariamente, encerra à segunda-feira)
Entrada: 2600 HUF (cerca de 7,80€)
Váci Street
A Váci Street é uma das principais vias pedestres da cidade. É também uma das melhores zonas comerciais, com lojas de grandes marcas, restaurantes, cafés e muito movimento. Pela altura de Natal, a Váci Street presenteia os turistas e locais com um bonito mercado de Natal.
No final da rua localiza-se o Central Market Hall.
Grande Sinagoga de Budapeste & Bairro Judeu
O Bairro Judeu de Budapeste não tem uma origem deslumbrante. Na altura da II Guerra Mundial, os judeus foram forçados a viver em algumas zonas especificas da cidade e aí nasceu este bairro.
As casas dos judeus eram marcadas com a estrela de David. Na altura o Bairro Judeu tinha condições precárias, o que entrada e saía era controlado, como uma verdadeira prisão.
Felizmente, hoje o Bairro Judeu está totalmente renovado, com bares, restaurantes, galerias de arte, lojas, sendo um dos principais focos culturais e de vida noturna.
Aqui situa-se também a Grande Sinagoga de Budapeste (ou Sinagoga da Rua Dohány). É a segunda maior do mundo e a maior da Europa, com uma capacidade para cerca de 3000 pessoas sentadas. No seu interior existe um memorial em homenagem aos judeus mortos no Holocausto, a Árvore da Vida. Cada folha da árvore tem escrito o nome de um judeu assassinado nesta altura.
Entrada: 5000 HUF/ 14,80 € (Bilhete para a Grande Sinagoga & Museu Judeu)
Szimpla Kert (Ruin Bar)
Os Szimpla Kert, ou ruin bar são nada mais nada menos que pubs húngaros. Estão localizados no Bairro Judeu, e na altura que foram criados eram essencialmente um local para socializar entre os locais e beber barato.
Hoje em dia ganhou outras proporções. Os turistas são cada vez mais O Szimpla Kert é um dos mais famosos e mais antigos ruin bar, portanto merece uma visita.
Elizabeth Bridge
É a terceira nova ponte da cidade e conecta a parte de Buda a Peste. O seu nome deve-se à rainha Elizabeth, esposa de Francis Joseph I.
Foi construída entre 1897 e 1903, mas durante a II Guerra Mundial sofreu grandes danos. Posteriormente, foi reconstruída, numa versão simplificada e sem ornamentação.
A vista sobre o Danúbio de cima da ponte é fantástica. Nós atravessamos a ponte desde o lado de Peste até Buda. Desse lado direciona para a Gellért Hill. No lado norte existe uma estátua em bronze da rainha Elizabeth, a mesma que dá nome à ponte.
Citadella & Gellért Hil
A Citadella é o ponto mais alto de Budapeste, dela é possível ter a melhor vista sobre a cidade. Esta fortaleza foi construída pelos Austríacos, posteriormente ocupada pelos Nazis e Comunistas.
Após a Revolução Húngara, foi declarada lugar de interesse público, isto em 1960.
Para chegar à Citadella basta caminhar pelas subidas íngremes da Gellért Hill. As paisagens ao longo do percurso compensam qualquer esforço.
Há ainda vários miradouros pelo trajeto definido, que tem o seu início na Elizabeth bridge. O metro e o autocarro também fazer serviço até à Citadella.
A Gellért Hill é procurada sobretudo ao final da tarde, por turistas, que anseiam pelo magnífico pôr-do-sol. Por perto há atrações como:
- Estátua da Liberdade;
- Monumento a Gerardo of Csanád, o primeiro bispo da Hungria;
- Igreja na Pedra;
- Rudas baths;
- Gellért Spa;
- Gellért Hill Cave.
Esta zona de Budapeste merece ser bem explorada e será preciso algum tempo para tudo. No nosso roteiro de viagem, nós ‘perdemos’ quase uma tarde aqui, mas, valeu bem a pena
Ruszwurm Confectionery
A pastelaria Ruszwurm é a mais antiga da Hungria. Localizada no distrito de Castle Hill, é um negócio familiar com mais de 200 anos de existência.
Abriu em 1827, sendo o edifício ao estilo barroco. Algo impressionante deste local é que conserva ainda o mobiliário inicial, mesmo depois de parte do edifício ter sido destruído. O balcão em madeira, com uma pequena porta a meio parece levar-nos para um mundo mágico, onde o romântico e o antigo se encontram.
Entre o vasto leque de deliciosas variedades, recomenda-se a Dobos torte, uma especialidade húngara. No entanto, entre tantas doces iguarias fica difícil escolher uma só.
Horário:
- Verão – 10h às 19h (diariamente)
- Inverno – 10h às 18h (diariamente)
Dia 2 – Roteiro de Viagem
Buda Castle
O Buda Castle é inevitavelmente um dos cartões de visita da cidade de Budapeste. É também conhecido como Palácio Real, uma vez que já foi residência dos reis da Hungria.
Passou por várias reconstruções desde a sua inauguração em 1265, englobando traços de vários estilos arquitetónicos. Desde 1987, o distrito de Castle Hill é Património Mundial da UNESCO, nele está sediado o Buda Castle.
Percorrer toda a zona envolvente ao castelo é fantástico. Este está ligado à Chain Bridge e ao Funicular de Castle Hill. O Buda Castle é um complexo massivo, portanto vale bem a pena ‘perder’ algum tempo a explora-lo.
Atualmente, o Buda Castle abriga a Galeria Nacional Húngara, a Biblioteca Széchenyi e o Museu de História de Budapeste.
Horário:
- Novembro/Fevereiro: 10h às 16h
- Março/Outubro: 10h às 18h
Entrada: Adultos – 2000 HUF (cerca de 6€)
Funicular de Castle Hill
Nós, simplesmente adoramos funiculares e sempre que temos oportunidade damos um passeio ou contemplamos a sua construção.
Inaugurado em 1870, o Funicular de Castle Hill foi o segundo a ser elaborado na Europa. Durante a II Guerra Mundial foi parcialmente destruído. Porém, foi recuperado tal como o original e reaberto em 1986.
O funicular tem vários patamares, dos quais podemos ter uma vista privilegiada sobre o mesmo. É tão hipnotizante que éramos capazes de ficar horas a vê-lo subir e descer a colina.
Horário: 7h30 às 22 horas (diariamente)
Entrada – Adultos:
- 1200 HUF / 3,55€ (ida)
- 1800 HUF / 5,30€ (ida e volta)
Chain Bridge (Ponte das Correntes)
A Chain Bridge ou também conhecida como Ponte das Correntes é a mais famosa ponte de Budapeste. Qualquer turista que visite a cidade quer tirar uma foto ou passear pela ponte.
Acabada em 1849, tinha como objetivo unir as duas margens do rio. Também conhecida localmente como Ponte Széchenyi em homenagem ao conde István Széchenyi, o seu criador.
Foi um importante marco na história do país, uma vez que antes da sua construção, as margens do Danúbio, apenas poderiam ser atravessas de barco. A ponte atual não é a original. Durante a II Guerra Mundial, foi largamente danificada pelos alemães, sendo reconstruída mais tarde.
Atravessar a ponte à noite é uma boa oportunidade para contemplar o Buda Castle iluminado. Mas, de dia a vista é igualmente bela.
Parque da Cidade (Városliget)
Um dos espaços verdes de Budapeste é o Parque da Cidade, conhecido localmente como Városliget. Os habitantes de Budapeste, tiram bastante proveito deste parque, principalmente na altura de maior calor durante o ano.
Inicialmente era usado como recinto de caça. Hoje isso já não se verifica, sendo um dos primeiros parques públicos criados no mundo.
Para quem gosta de natureza, tal como nós é obrigatório visitar. As cores outonais do parque são fantásticas para a fotografia, como nós podemos comprovar.
Ao longo do parque podemos encontrar locais como os banhos termais de Szechenyi, o Vjdahunyad Castle, a Heroes’ Square ou até mesmo o Jardim Botânico.
No Parque da Cidade, dependendo da altura do ano em que se visita as experiências poderão ser diferentes. Nas estações de primavera/verão é possível alugar um barco e passear ao longo do lago. Já no outono/inverno existe uma pista de gelo para os mais aventureiros.
Szechenyi baths
Localizam-se no Parque da cidade (Városliget) e são os mais conhecidos e procurados de Budapeste.
O edifício é deslumbrante por dentro e por fora, um estilo neo-barroco. As águas termais de Szechenyi diz-se ter propriedades terapêuticas, ideais para quem sofre das articulações e não só. Muitos húngaros que visitam este complexo termal aproveitam para relaxar, conviver e até mesmo para jogar xadrez.
Para entrar nos banhos termais de Szechenyi existem vários bilhetes. Podem consultar tudo aqui. Se não levarem os itens indispensáveis ao banho, como toalha e chinelos, estes poderão ser alugar por lá. Depois dos bilhetes comprados (comprem com antecedência para evitar filas), será dada uma pulseira, que funciona como chave e que permite o acesso aos armários/cabines.
Os banhos termais de Szechenyi sendo os mais populares, encontram-se sempre repletos de turistas. Existem ótimas alternativas como o Rudas Baths ou o Gellert Spa. Se procura um ambiente mais sossegado talvez estes sejam boas opções.
Vjdahunyad Castle
O Vajdahunyad Castle localizado no Parque da Cidade, foi construído em 1896. Uma das curiosidades é que originalmente foi feito de cartão e madeira, mas, tornou-se tao popular que teve que ser reconstruído em pedra e tijolo.
No recinto do castelo, podemos encontrar o maior museu agrícola da Europa, o Museu da Agricultura Húngaro. O interior do castelo é um espaço interessante para visitar.
No pátio do castelo está a estátua de Anonymus. Segundo a crença popular, se tocarmos a caneta que ele segura, seremos bons escritores. Os jardins do castelo estão abertos 24 horas o ano inteiro. Para mais informação sobre os preços de entrada no castelo, museu e os horários visitem a página do Vajdahunyad Castle.
Heroes’ Square & Millennium Monument
Uma das maiores e mais importantes praças de Budapeste é a Heroes Square. Nela está localizado o Millennium Monument, construído em 1896.
Este representa a comemoração dos 1000 anos do país. O monumento é composto por várias figuras de antigos chefes tribais e outras personagens importantes da história da Hungria.
Se visitar a Heroes Square à noite ficará maravilhado com a iluminação.
Andrássy Avenue
A Andrássy Avenue é muitas vezes apelidada de Champs-Élysées de Budapeste. Atravessa o coração de Peste, sendo Património Mundial da UNESCO.
Teve a sua origem em 1872, sendo uma das principais avenidas para compras, cafés, restaurantes, teatros, embaixadas e lojas de luxo. Nela estão alinhadas espetaculares mansões e moradias com fachadas neo-renascentistas.
A avenida é formada por quatro partes principais. Uma parte urbanizada composta na maioria pelas lojas comerciais, uma parte arborizada onde estão as áreas residências e universidades, uma parte onde podemos encontrar vilas rodeadas por jardins e embaixadas e por último um local onde estão os palácios residenciais com pequenos parques em frente.
Ao longo da Andrássy Avenue existem edifícios notáveis, como é o caso da Ópera Estatal da Hungria, que oferece visitas guiadas e mini-concertos, o Museu dos Correios, a Casa Memorial de Franz Liszt, o colégio de Belas Artes, entre outros.
House of Terror
O House of Terror é um museu localizado na Andrássy Avenue.
A sua história data de 1944, quando já no final da II Guerra Mundial, o Partido Nazi Húngaro tomou posse de Budapeste e este edifício funcionava como a sua sede. Felizmente, o Partido Nazi Húngaro conhecido como ‘Arrow Cross’ não durou muito e um mês depois dissipou.
Porém entre 1945 e 1956 as polícias comunistas ocuparam o edifício, onde torturaram milhares de pessoas.
Em 2002 foi transformado em museu. No seu interior podemos encontrar exibições relacionadas com o fascismo e o comunismo. Existe ainda um memorial dedicado a todas as victimas destes regimes.
Horário: 10h às 18h (diariamente, encerra à segunda-feira)
Entrada: 3000 HUF (cerca de 8,90€)
Parlamento Húngaro
O Parlamento Húngaro será talvez o edifício mais emblemático e mais visitado de toda a Hungria. É o segundo maior da Europa e o terceiro maior do mundo, perdendo só para a Roménia e Argentina.
Construído entre 1884 e 1902, é uma obra imensa, com cerca de 700 salas e gabinetes. Na época foi a maior obra já feita, e demonstrou o poder económico da Hungria.
O Parlamento Húngaro pode ser facilmente admirado de um dos miradouros do lado de Buda. Quer de dia ou de noite nunca deixa de ser impressionante.
A visita ao seu interior é sem dúvida das tours que mais podemos recomendar em Budapeste. De certeza que não vão ficar desapontados. É aconselhável comprar bilhete com antecedência, uma vez que o número de pessoas por dia é limitado.
Para isso, basta escolher o idioma da tour, no dia levar no telemóvel o e-mail recebido e mostrar à entrada. É super simples.
No seu interior destacamos a escadaria principal, a antiga Câmara Alta, atualmente usada para fins turísticos e a sala da Cúpula, onde estão dispostas estátuas dos reis da Hungria e os seus pertencentes, com realce para a coroa do primeiro rei húngaro.
Nesta última sala, as fotografias são proibidas para salvaguardar os itens apresentados.
Shoes on the Danube Bank
É um memorial erguido em abril de 2005, em homenagem aos Judeus mortos durante a II Guerra Mundial. Aqui, os Judeus foram obrigados a tirar os sapatos e posteriormente abatidos na margem para que os corpos caissem no rio.
O memorial é modesto e talvez a maioria das pessoas nem saberá o significado. Constantemente, turistas tiram selfies neste local. Para nós foi um aperto no coração, imaginar os milhares de judeus ali mortos.
Se forem a Budapeste, é visita obrigatoria, pelo simples fato que não devemos esquecer esta parte macabra da história.
Liberty Square
No coração de Budapeste, não muito longe das margens do Danúbio, podemos encontrar a Liberty Square.
Nela podemos encontrar prédios residenciais, mas também escritórios. De um lado a embaixada dos Estados Unidos da América, do outro a sede do Banco Nacional Húngaro.
Estão dispostos ainda monumentos em homenagem a Ronald Reagan e Harry Hill Bandholtz e um memorial para homenagear a libertação soviética da Hungria na II Guerra Mundial.
A passagem por este local é quase inevitável para quem sair da Chain Bridge ou for em direcção ao Shoes on the Danube Bank.
St. Stephen’s Basilica
Erguida em honra de Stephen, o primeiro Rei da Hungria, a Basilica de St. Stephen é uma construção sensacional. Datada do século XIX, a Basílica tem uma capacidade para cerca de 8000 pessoas, sendo a maior de Budapeste.
Possuí duas torres sineiras mas é a sua cúpula que atrai mais turistas. Isto porque, é possivel subi-la e aproveitar a vista panoramica dos terraços.
Para além disso, o seu interior é de ficar boquiaberto. Destam-se os vitrais, o orgão de tubos e toda a ornamentação interior.
Existem vários restaurantes adjacentes à Basílica que à noite enchem-se de turistas para jantar e contemplar a iluminação em volta. Em alguns dias específicos é possível apreciar concertos de órgão abertos ao público. Sendo necessário comprar bilhete previamente no website da Basílica.
Cruzeiro Noturno no Danúbio
O cruzeiro noturno no Danúbio é quase que obrigatório para terminar em grande a viagem por Budapeste.
Durante o percurso podemos ter uma outra visão de todos os pontos da cidade, sem falar que ao final da tarde/início da noite é magnífico ver todas as atrações iluminadas.
Há uma infinidade de opções de cruzeiros no Danúbio. Algumas chegam e englobar jantar, concertos ou simplesmente só com uma bebida. De acordo com o cruzeiro escolhido, existem também diferentes barcos. O cruzeiro poderá ainda ser diurno ou nocturno.
Nós optamos pelo mais económico e compramos no Get Your Guide.
Aconselhamos vivamente para quem para quem não quer deixar de fazer o cruzeiro e gastar pouco dinheiro.
O nosso cruzeiro foi o noturno com uma bebida e oferta e música ao vivo, cerca de 9€ por pessoa. O ponto de encontro está marcado aquando da compra online do bilhete e basta levar a confirmação eletrónica para podermos entrar a bordo.
O nosso cruzeiro como era às 19 horas, foi realizado num barco dos grandes. Isto porque a parte de baixo do barco foi para quem tinha bilhete de jantar e a parte de cima para quem apenas tinha bilhete de bebida grátis e música ao vivo, que era o nosso caso.
Não se preocupem com o frio, pois o barco é vidrado e tem aquecimento. Embora, nós passamos grande parte do tempo fora, nas varandas, por causa da vista. No cruzeiro que fomos, também englobava uma breve descrição/explicação de cada atração que passávamos.
Dia 3 – Roteiro de Viagem
Museu Militar
Localizado perto da Mary Magdalene Church, o Museu de História Militar é uma agradável surpresa. Está concentrado dentro do edifício do Quartel Nándor.
No seu interior podemos conhecer mais sobre a história e as batalhas travadas pelo povo húngaro ao longo dos tempos. Constituído por 3 pisos, cada um deles está dividido por áreas. Aqui estão dispostas todas as histórias da I e II Guerras Mundiais e da Revolução Húngara de 1956, no período comunista.
Existem vários itens apresentados, como equipamentos, roupas, armas, bandeiras, numismática entre outros. No seu exterior podemos também ter uma vista fantástica para o lado de Peste.
Para mais informação sobre horários e preço dos bilhetes vejam aqui.
Mary Magdalene Church
Na nossa estadia por Budapeste, tivemos o privilégio de ficar alojados tão próximo da Mary Magdalene Church, que da varanda do nosso quarto podíamos comtempla-la.
Foi construída entre os séculos XIII e XV, ao estilo Gótico. A igreja foi local de coroação de Francis II, emperador romano, como Rei da Hungria.
Pela II Guerra Mundial a igreja foi largamente destruída. Durante décadas esteve fechada ao público, foi reconstruída e reaberta, permitindo uma extraordinária vista sobre alguns dos mais importantes edifícios de Budapeste.
Os seus 170 degraus valem bem a pena a subida.
Horário: 10h às 18h (diariamente)
Entrada: 1500 HUF (cerca de 4,50€)
Hospital in the Rock
O Hospital in the Rock foi o nome dado a um hospital criado nas cavernas debaixo do Buda Castle. Este tinha como finalidade, uma preparação para a II Guerra Mundial. Sendo que forneceria atendimento geral de emergência a civis e soldados feridos.
O hospital estava conectado por uma rede de túneis. Para a sua época era um dos mais avançados, tendo contribuído para o salvamento de milhares de vidas, quer civis, quer soldados.
Aquando da nossa visita a Budapeste (fevereiro de 2020), algumas salas do hospital encontravam-se em renovações sendo as visitas limitadas.
Horário: 10h às 19h (diariamente)
Entrada: 4000 HUF (cerca de 11,90€)
Matthias Church
A Matthias Church pode não ter as dimensões de outros pontos turísticos da cidade, mas, para nós toda a zona envolvente foi dos locais que mais gostamos em Budapeste.
Iniciada a sua construção no século XI, depois do país se ter convertido ao cristianismo. Foi reconstruída já no século XIV, ao estilo Gótico. No final do século XIX sofreu uma intensa reforma, sendo atualmente uma mistura de estilos, Romântico, Gótico, Barroco e Renascentista.
Acolhe um Museu Eclesiástico, sendo das mais importantes historicamente. O museu contém diversas relíquias sagradas, esculturas medievais em pedra, réplicas da coroa real húngara e joias da coroação.
Foi sede de casamentos e coroações reais, como a do rei Carlos IV, o último rei da dinastia dos Habsburgo, em 1916. As tumbas de Béla III e sua esposa Agnes de Antioch estão aqui localizadas.
A igreja tem 7 sinos, 3 deles são antigos, datados de 1723, 1724 e 1891 respectivamente. Ocasionalmente, é palco de concertos de órgão e de música clássica.
Horário:
- Segunda a Sexta – 9h às 17h
- Sábado – 9h às 13h
- Domingo – 13h às 17h
Entrada: 1800 HUF (cerca de 5,30€)
Fisherman’s Bastion
Para nós o Fisherman’s Bastion foi o ponto mais alto da nossa visita a Budapeste. É simplesmente sensacional, à noite com toda a sua iluminação é mágico.
A todos os seus visitantes, o Fisherman’s Bastion proporciona uma das melhores vistas panorâmicas sobre Peste, o Danúbio e a Margaret Island.
Foi inaugurado em 1902 e desde 1987 que integra o Patrimônio Mundial da UNESCO. É um edifício de aspecto medieval, em estilo neogótico e neo-romântico.
Muitas vezes apelidado de fortaleza, nunca foi usado para esse propósito. Possuí 7 torres, representativas das 7 tribos húngaras fundadoras da cidade. Existe ainda uma estátua em bronze de Stephen I montado a cavalo, erguida em 1906.
O acesso ao Fisherman’s Bastion é gratuito para a maioria das torres, com exceção das torres mais altas. A maioria delas estão abertas permanentemente, sendo que ao final da tarde talvez seja a hora de maior afluência turística.
Outros Pontos de Interesse em Budapeste
Margaret Island
Foi um dos locais que na nossa curta estadia por Budapeste não conseguimos visitar. No entanto, se tiverem mais tempo na cidade é imperdível.
Situada a meio do Danúbio, entre Buda e Peste, a ilha encontra-se coberta em grande parte por parques, jardins e áreas de lazer. Possuí ruínas medievais que remetem para a Idade Media.
Foi declarada espaço público em 1908. Hoje é procurada não só pelos budapestinos como pelos turistas que visitam Budapeste.
Deve o seu nome a Saint Margaret, a filha do rei Béla IV da Hungria. Esta viveu no Convento Dominicano da ilha.
Para explorar a ilha pode-se fazê-lo a pé. Porém, esta é bastante grande e será preciso algum tempo para o efeito. Assim sendo, sugerimos:
- alugar uma bicicleta, cerca de 990 HUF para 1h (3€);
- alugar um pequeno carro de golfe, 4900 HUF (14,50€) por hora com 4 lugares;
- ir no comboio turístico, por 800 HUF por pessoa (2,40€), sendo necessário esperar até que esteja cheio.
Para mais informações sobre roteiros, atrações, preços, ou que visitar em Budapeste deixem um comentário abaixo.